quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O que é um escritor..



Não arrisco fazer poesia. Brincar com as palavras não é para qualquer um, ainda mais no papel. Nem mesmo sei se o que pratico pode vir a torna-se literatura. Gosto do subjetivo, do metafórico, da sonoridade, da força e da cadência das palavras. É preciso forma e conteúdo. Mas como tornar-se um bom escritor se somos tão maus leitores. Buscamos o fácil, o rápido o imediato, análises superficiais, um mundo de hipertextos e simulacros.

Que tragédia

Essa matéri foi publicado no G1.com em 28/10/2010

Paciente cardíaco foge de hospital e morre em acidente de carro, em MG


Um empresário que estava internado em Poços de Caldas, no sul de Minas Gerais, fugiu do hospital após saber que teria que passar por cirurgia e morreu em um acidente minutos depois. O acidente foi nesta quarta-feira (27), na LMG-877, também conhecida como rodovia do Contorno. Segundo informações da Polícia Militar Rodoviária, o acidente envolveu também duas carretas e dois caminhões.

Ainda de acordo com a polícia, o carro estava em alta velocidade no momento do acidente. O motorista teria feito uma ultrapassagem em local proibido. O homem de 66 anos estava sozinho no carro e ficou preso às ferragens. Ao ser socorrido, ele ainda tinha presa ao braço a agulha que foi usada para colocar soro fisiológico no Hospital Santa Lúcia.

De acordo com informações da EPTV em Varginha, a família disse que ele foi internado com princípio de infarto. O paciente precisaria passar por uma cirurgia e a família estava decidindo se ele seria transferido para São Paulo ou se passaria pelo procedimento no hospital onde estava internado. Ainda segundo a EPTV, o hospital informou que o quadro clínico do paciente estava controlado e que a cirurgia não era urgente.

Durante a fuga, uma ambulância tentou ir atrás do paciente. Com a batida, acabou prestando atendimento ao motorista de uma das carretas envolvidas no acidente. Ele teve um ferimento leve na testa. Segundo informações da polícia, um carro com familiares também seguia o homem. Não houve mais feridos.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Lages para Sempre _ Malinverni

Caro Alexandre, aproveitando seu comentário ao falar sobre valorização, deixei de citar que na entrevista de dona Manrichi, viúva de Malinverni, ela contou que Nereu Ramos, lageno, à época presidente da república, cancelou a bolsa de estudos que o artista tinha na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, justificando que ele estava se dedicando mais ao trabalho com gesso e sua bolsa seria para dedicação exclusiva para pinturas.


Na verdade, segundo a viúva, foi um motivo para conceder a bolsa a outro artista, Martinho de Haro. Entrentanto, Malinverni passou a dedicar-se ainda mais, dizendo que um dia Nereu reconheceria seu talento. O que nunca aconteceu, nem mesmo através da família do político. A estátua que imortaliza Nereu Ramos, esculpida por Malinverni, está localizada no Calçadão, centro de Lages.



Lages para sempre

Na sexta-feira, 22, gravamos mais um programa Lages para Sempre, projeto do Legislativo Lageano. A entrevista foi com Maria do Carmo Lange Malinverni, a dona Manriche, viúva de Malinverni Filho.





O primeiro encontro entres eles, aconteceu numa das festas de Santa Cruz, quando ela tinha apenas 9 anos. Ao vê-la chorando, Malinverne, treze anos mais velho a pegou no colo e disse: não chore minha noiva.




(Dona Marinche retratada por Malinverni)


O novo encontro e o início do namoro ocorreu somente quando ela já tinha 18 anos e ele voltava do Rio de Janeiro.

Uma bela história de vida marcada pelo amor e dedicação de uma mulher que dedica sua vida a preservação da obra do artista que faleceu aos 56 anos, vitíma de intoxicação das próprias tintas que usava para pintar...



“A arte é a religião do belo. A pintura, uma oração colorida”.

Malinverni Filho, autor desta frase, dedicou sua vida as artes. Do primeiro quadro, intitulado “Santa Luzia”, pintado aos treze anos, com tintas preparadas por ele mesmo, grande parte de sua obra se mantém imortalizada e preservada ainda hoje.

Quem visita o Museu Malinverni Filho, localizado à Rua Manoel Tiago de Castro, no Centro de Lages, pode tomar contato, não apenas com o acervo das obras de um dos mais talentosos artistas lageanos, mas com a história de uma família que dedica sua vida as artes.



A casa, que foi transformada em museu no ano de 1986, recebeu somente em 2007, mais de 5.500 visitantes, a maioria destes, turistas e estudantes. Divididos em diversos ambientes, quadros, desenhos, documentos, matérias de jornais, poemas e anotações feitas em pequenos pedaços de papel, além de objetos de trabalho do artista, ocupam cada espaço da casa em que o artista viveu. Além disso, uma sala é reservada, sem custos adicionais, às exposições dos artistas locais. Um espaço de grande importância para a cultura local e nacional, que merece atenção e apoio financeiro, tanto da sociedade civil, como dos poderes públicos.

Visitar o Museu Malinverni Filho, na companhia de Maria do Carmo Lange Malinverni, viúva do artista e do seu filho Jonas Malinverni Filho, proporciona muito mais do que o contato direto com a história e a importância das obras. A maior parte do acervo possui um grande valor no mercado das artes e poderiam estar decorando paredes de casas ou museus pelo mundo inteiro. Mas a perseverança e abnegação de Dona Maria do Carmo permitem que ela, aos 81 anos, continue se dedicando e lutando pela permanência do museu.

“Cada trabalho tem a sua história”

Foi ele quem abriu na metade década de 50, a primeira Escola de Belas Artes de Santa Catarina, que funcionava nos fundos do Museu. Pouco meses depois, quando por falta de recursos precisou fechar a Escola, Malinverni afirmou: ”Fechei a escola e joguei a chave fora”, o que representou, segundo a viúva, uma das maiores desilusões na vida do artista que faleceu aos 58 anos, vítima de um câncer no pâncreas.



(último quadro pintado por Malinverni até três dias antes de sua morte, a obra ficou inacabada)



O museu que não cobra ingresso dos visitantes, se mantém através de um convênio firmado entre a Associação Amigos do Museu Malinverni, criado na década de 90, com a Prefeitura, que disponibiliza três servidores e recursos na ordem de R$ 2.000,00 mensais. Mas, novos investimentos são necessários para garantir a conservação das obras e para a realização de novos projetos, como a confecção de um livro com a reprodução de todas as obras. Um aparelho de desumidificador de ar foi adquirido através da lei de incentivos fiscais, mas ainda não foi instalado e o museu, que está cadastrado no Guia Nacional de Museus, não possui um computador para os registros do acervo. O Museu Malinverni Filho funciona das 9h às 12 horas e das 14h às 17h. As visitas também podem ser agendadas através do telefone 3222-0897 ou 3222-7831.



( o monumento em homenagem a Correia Pinto, assim como o busto de Nereu Ramos, também são obras de Malinverni Filho)

Saiba um pouco mais da história deste artista:

Filho do escultor italiano Agostinho Malinverni e de Anna Ângela Corsetti Malinverni, também italiana, Malinverni Filho nasceu no dia 16 de fevereiro de 1913.
* Em 1928 ao participar de um concurso em âmbito nacional conquistou o 1°. Lugar em desenho.
** De 1929 a 1933 trabalhou com seu pai, esculpindo em pedras na oficina de cantaria.
*** Em 1934 iniciou seus estudos na Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, com bolsa de estudos do governo do Estado de Santa Catarina. Para vencer as dificuldades financeiras, após as aulas pintava com o material abandonado pelos colegas no porão da escola, o qual transformou em atelier. Neste contexto pintou o quadro “Rua Taylor”em 1936, quando recebeu o 1° Prêmio na exposição coletiva da Escola.
**** Em 1939 iniciou o curso de escultura e com apenas cinco meses de aula, seu trabalho conquistou o 1° lugar, sendo filmada em “O Cisne Branco”. Recebeu encomendas de todo o país. Até a sua morte havia registro de 49 telas vendidas para o exterior: França, Alemanha, Inglaterra, Argentina, Uruguai, Áustria, Alaska, Suíça, Portugal, Holanda, Estados Unidos e México. Durante três anos foi restaurador de telas no Palácio Itamaraty.
É considerado o melhor pintor de araucárias e das paisagens serranas, uma destas inclusive, foi adquirida pelo magnata americano Nelson Rockfeller. Pintou em tamanho natural o retrato de três governadores de Estado, da Miss Santa Catarina de 1964, Salete Chiaradia. Além de paisagens, pintava natureza morta, nus, retratos e interiores. Entre os trabalhos de escultura, destacam-se: a estátua do Governador Jorge Lacerda, em Florianópolis e de Nereu Ramos em Lages; do fundador de Lages Antônio Correia Pinto; o bustos do governador Ivo Silveira em Palhoça.


Frases:
“A arte é a religião do belo. A pintura, uma oração colorida”.
“Perspectiva são linhas mentirosas que dizem a verdade”.
“A minha escola se baseia no correto desenho, que procuro dar mais vida, com as cores que me empresta a natureza”.
“Sendo Deus o supremo artista, deturpar a natureza é profanar a sua obra”.

Orquestra sinfônica de Lages

Por falar em música + Lages, destaque para a apresentação da Orquestra Sinfônica de Lages.




Será na sexta-feira, dia 05 de novembro, no Teatro Marajoara a partir das 20hs, com entrada franca. O programa do concerto inclui Carmina Burana, My Way, Imagine, seleção de Tim Maia, entre outras canções. Fica a dica!

Momento fófis...





À exemplo do hipopótamo sorrindo, observe a diferença entre a primeira e a segunda foto!






Praça Joca Neves



Primeiro um amigo me sugeriu e dias depois outro amigo, sem saber disso me perguntou se eu tinha interesse em falar da praça Joça Neves através das imagens. Ou seja, um sinal que existem muitos olhares sobre a situação do local.





Não se pode dizer, afinal, que a praça está abandonada, pois, quase que diariamente pessoas utilizam o local para beber e dormir. Entretanto, sem ignorar o problema social que existe por trás disso em cada história de homens e mulheres sem rumo ou perspectivas de vida, é inevitável olhar para aquele local e imaginar inúmeras outras possibilidades daquele espaço.


Como já existe a concha acústica, poderia servir aos sábados ou domingos à tarde, para apresentação de bandas locais. Outra atividade poderia ser a realização das chamadas “tertúlias musicais”. Este termo que tem sua origem ligada à educação para adultos na Espanha, surgiu em 2003 como uma proposta pedagógica. A Tertúlia Musical consiste na formação de um grupo, geralmente coordenado por um professor que decide que obras irão escutar, seja através de um aparelho de som ou apresentações ao vivo para discussão sobre o tema. Este processo incentiva a educação musical e a torna agente de ação social.

Mas ainda há espaço para se pensar na revitalização do parque ...


E você o que pensa, deixe um comentário com a sua opinião.







Fotos: Adriano Mason

segunda-feira, 25 de outubro de 2010