Não arrisco fazer poesia. Brincar com as palavras não é para qualquer um, ainda mais no papel. Nem mesmo sei se o que pratico pode vir a torna-se literatura. Gosto do subjetivo, do metafórico, da sonoridade, da força e da cadência das palavras. É preciso forma e conteúdo. Mas como tornar-se um bom escritor se somos tão maus leitores. Buscamos o fácil, o rápido o imediato, análises superficiais, um mundo de hipertextos e simulacros.
Bom, o Barão indicou e então eu acessei o seu blog. A forma como você escreve é bastante cativante, pelo menos eu penso assim. Outro dia você deixou suas impressões sobre um jogo do Inter e pensei, "vou indicar essa menina para o Juca Kfouri". A maneira como tu escreve neste blog elimina a possibilidade de comentários passionais, não que eu seja contra eles, mas de certa forma fomentam debates sem qualidade. Seu texto também deixa espaço para vários tipos de análises. Pensando no que você falou sobre a busca do fácil, do fragmentado, e muitas vezes falso, lembro que nossos professores precisam assumir um papel de mediação mais atuante entre o aluno e as mídias que fragmentam o conhecimento, que não aceitei as cópias, que "punam" seus alunos, e mostrem aos alunos o erro que estão cometendo. Do contrário, continuaremos assim, maus leitores...já escrevi muito e sem a sua qualidade, mas imagine, a nossa escola não foi capaz de mediar a relação entre aluno e o livro, como será agora, a mediação entre aluno e o mundo sem controle da internet...? Ensinar um aluno não copiar texto é ajudar na formação de um cidadão ético.Alexandre
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