quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Aleluia!! Agora é pra valer!

Eu buscava inspiração para começar a escrever. Talvez a preguiça de colocar as palavras no papel, seja uma explicação mais coerente. Enfim, busquei a inspiração em outra cidade para falar da minha e a preguiça foi embora. Não sabia por onde começar, pois o olhar sobre a cidade varia todos os dias. Um céu nublado, um pôr do céu indescritível, aquela brisa da manhã, um caminho diferente, a geada sobre o campo, um olhar para a fachada de um prédio antigo. É fato que o grande, o novo e o belo nos impressionam, mas são os detalhes, as sutilezas que criam vínculos.

Para começar a falar de Lages fui a Curitiba. Eu que nasci e até poucos anos morava em Joinville, apontada como uma cidade grande, fiquei assustada, mas, sobretudo, surpresa e encantada com a forma pela qual a capital paranaense incorpora desenvolvimento com sustentabilidade.

Um lixão transformado em um dos mais importantes pontos turísticos da cidade, o Jardim Botânico. Ali, uma estufa de vidro, inspirada no palácio de Cristal de Londres, abriga inúmeras plantas brasileiras e de outros países. Atrás da estufa, um espaço cultural abriga salas de exposições e na frente lindos jardins com inspiração francesa.




Já o Parque Barigui foi criado na década de 70 com o objetivo de conter as enchentes e preservar a mata nativa. Ao redor de um grande lago represado vivem diversas espécies de animais, como capivaras e carneiros. Os gramados servem para a prática de esportes como o futebol e caminhadas, pista para skate e bicicross, quiosques com churrasqueiras, bares e restaurentes são atrações que completam este espaço incrível.



Duas pedreiras desativadas deram origem ao Parque Tanguá, o qual se destinaria a abrigar uma usina de reciclagem de lixo industrial. Na entrada, um portal de acesso com um grande jardim em estilo francês e espelhos d’agua conduzem a um mirante para observação e podem garantir fotos incríveis do pôr do sol, já que a noite o parque possui uma iluminação especialmente projetada. Além da ciclovia, pista de corrida e lanchonete, o turista pode ainda desfrutar de um passeio de barco passando por um túnel artificial.






O parque Tingui abriga o Memorial Ucraniano, onde foi construída uma réplica de uma igreja ucraniana e que serve para a realização de eventos e exposições. Mata nativa, jardins, pontes, um mirante de observação, parque infantil, ciclovia e churrasqueira são alguns dos atrativos para os turistas.




Outro lugar incrível, que envolve crianças e adultos é o Bosque do Alemão, que homenageia a cultura que os imigrantes alemães trouxeram para Curitiba. Em meio à mata nativa, foi construído um mirante que recebeu o nome de Torre dos Filósofos.




Tem ainda uma trilha chamada João e Maria que reproduz a história em versos pintados em painéis de azulejos e que conduzem a Casa Encantada, uma biblioteca, onde de hora em hora, uma bruxa conta histórias infantis.





Além disso, foram construídas também uma sala para concertos musicais e um portal inspirado na arquitetura alemã.








Impressiona a ousadia e a modernidade da obra projetada por Oscar Niemayer, mais conhecida como o Museu do Olho, o MOM. Não foi possível visitar as instalações internas, mas já por fora se tem uma dimensão do que pode ser a arquitetura aliada à arte.



Outra experiência bem bacana foi conhecer a feira de arte e artesanato do Largo da Ordem, no centro da cidade. A feirinha do Largo como é chamada acontece todos os domingos, entre 9h e 15hs. Não é possível precisar, mas são mais de mil barracas que vendem artesanatos, quadros, comidas, livros, objetos de decoração, roupas e até mesmo exposição de carros antigos. São muitas barracas, opções e muita gente circulando. No meio da praça, um chafariz, também chamado de Cavalo Babão, joga água pela boca e ao lado funciona uma importante galeria de arte com quadros de artistas renomados.



Enfim, foram apenas dois dias de passeio e certamente não foi possível conhecer tudo. Mas espero ter descrito e compartilhado o pouco que conheci, pois não voltei desanimada pra Lages, pensando sobre como nos faltam opções de lazer e cultura. Ao contrário é bom sair do ninho e ver como o mundo é infinito e cheio de possibilidades, bem perto da gente.

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