quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O poder da gentileza

A primeira vez que me deparei com um papel escrito com letras bem grandes: “proibido desacatar funcionário público.., sujeito a..,” foi na recepção do pronto socorro. Confesso que aquilo me causou mais mal-estar do que o motivo que havia me conduzido até lá. Outro dia li isso também na creche onde a minha filha estuda.

Temos aí várias leituras, afinal, justamente o setor da saúde é um dos mais problemáticos, aqui ou em qualquer outro lugar. Mas os médicos, antropólogos e sociólogos já descobriram há muito tempo o quanto os seres humanos padecem de atenção. Para isso inventaram os placebos.

As pessoas do lado de fora ou dentro do balcão, querem ser bem tratadas, querem se sentir de algum modo, especiais. Não no sentido de serem privilegiadas, mas ouvidas. Receber um bom dia, uma palavra que manifeste respeito.




Eu não sou a pessoa mais simpática que conheço, até mesmo por distração e, neste sentido, ultimamente tenho me policiado para ficar mais atenta ao tempo, ao espaço e as pessoas. Isso porque, muitas vezes o outro precisa mais da gente, do que podemos supor. Enfim, entendo que funcionários públicos, atendentes do comércio, da área da saúde ou educação, seja quem for, não pode desacatar nem ser desacatado. Um sorriso, um bom dia ou até logo faz toda a diferença.



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