segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Brilho de Natal pra quê ou pra quem?

Falta menos de um mês para o Natal. E ontem, diante da insistência da minha filha fomos montar a decoração lá em casa. Assim que peguei a caixa e comecei a retirar as peças para montar a árvore ela me olhou com uma cara de decepção e disse: “só isso e é desse tamanho o pinheirinho, ano passado parecia maior”.

A minha resposta no impulso, foi dizer que ela, a minha filha, era menor no ano passado e talvez, por essa razão, o pinheiro parecesse maior. Mas depois fiquei pensando na estupidez da minha explicação, pois se existe uma motivação para decorar a casa e esperar pelo Papai Noel, é a minha filha, são as crianças de modo geral. Devo confessar que até já tinha pensado em renovar, pois há cinco faço a mesma decoração mas pensei ela – a minha filha – ainda é pequenina e nem entende direito o que isso significa . Não me lembro ao certo com que idade deixei de acreditar no Papai Noel ou se, eu apenas fingia que acreditava para não decepcionar minha mãe que por muitos anos tentou se fantasiar de bom velhinho. Mas ontem aprendi uma lição com a minha filha. Mais uma.



O fato é que certas experiências que vivemos quando criança e que logo se tornam sem graça, farão sentido quando nos tornamos pais. E assim, aquele discurso de que estamos apenas sendo induzidos pelo sistema capitalista selvagem, ou apenas reproduzindo velhas tradições cai por terra.

É lindo e renovador ver uma criança surpresa e envolvida com os preparativos para a chegada do Papai Noel. E é esse movimento que começa em casa, depois na escola e na maioria, quase absoluta das cidades, que enfeitam suas ruas que dão um sentido especial ao Natal.

Isso pelo lado emotivo, mas racionalmente analisando essa produção de natal requer preparação, planejamento e organização. No âmbito coletivo, pensando na cidade, é uma forma de proporcionar interação e encantamento não somente para crianças, mas, para os adultos, que no dia a dia trabalham para construir uma cidade melhor, um lugar do qual esperam que seus filhos um dia possam se orgulhar, afinal aqui sempre será sua terra “natal”. Acho que vou escrever uma cartinha, ou melhor, um email para Papai Noel. Vai que ele resolve aparecer aqui por Lages nem que seja somente lá por 2012. Afinal, o brilho de natal pode se renovar todos os anos.

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